Na fria noite catarinense era tempo de Murici

Por Lenivaldo Moraes Aragão.

O jogo dessa sexta-feira (20) no Estádio Orlando Scarpelli, na gelada Florianópolis, colocou frente a frente dois velhos amigos do tempo em que ambos militavam no São Paulo Futebol Clube. No comando do Figueirense, o time da casa, estava Milton Cruz, que foi jogador do tricolor paulista em 1977-79, e depois passou um tempão, como assistente técnico, tendo assumido o comando do time, provisoriamente, mais de uma vez. Nessa época, Rogério Ceni era o goleiro do São Paulo, quando contava com a ajuda de Milton Cruz nos treinamentos de cobranças de pênalti, mister em que se qualificou, com rara competência. Pois bem, no encontro na capital de Santa Catarina, o paulista de Cubatão Milton Cruz encarou nada mais nada menos do que o ex-pupilo, que é o técnico do Fortaleza. Os dois abraçaram-se alegre e ruidosamente, mas foi só a bola começar a rolar, para cada qual passar a cuidar de si, incorporando o antigo ditado “é tempo de murici (uma fruta de gosto azedo), cada um cuide si”.
Milton Cruz ainda saboreou a alegria da abertura da contagem pelo Figueira. Porém, o tricolor cearense virou para 3 x 1 e voltou para a Terra de Iracema na condição de líder isolado da Série B do Campeonato Brasileiro, com 16 pontos, 5 vitórias e 1 empate em 6 jogos disputados. Já o Figueirense venceu 3 e perdeu 3, ocupando, no momento, a 7ª colocação.
Vale salientar que Milton Cruz é um velho conhecido do torcedor pernambucano, porquanto, jogou pelo Sport, em 1985/86, e pelo Náutico, em 1987. Décadas mais tarde, exercendo a função de treinador teve uma meteórica passagem em 2017 pelos Aflitos, mas pediu o boné ao sentir que o barco estava afundando e ele não tinha mais o que fazer.
O ônus do rebaixamento da Série B para a C caiu nas costas de Roberto Fernandes. Todavia, Beto, como é conhecido na intimidade, fez o clube dos Aflitos tirar o pé da lama e reconciliar-se com o título de campeão pernambucano, depois de 13 anos de seguidos fracassos. É certo que Roberto Fernandes, substituído em caráter experimental por Dudu Capixaba, já não está no Alvirrubro, todavia, escreveu de uma forma indelével, seu nome na história da agremiação.

                                                                 Contagem Regressiva    
                                                                FALTAM 26 DIAS
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